Enquanto mais merdas acontecem
Me faço de vitima da situação
Esperando algo divino
Uma benção
Uma recompensa
Chego a ter vergonha
De sentir que vou ser gratificado
Tenho medo do alto preço que posso pagar
Por supor que as coisas devem ter um sentido
Ou um simples equilíbrio
Mas no fundo sigo acreditando
E racionalmente me desprezando
Miguel Carpes
OS POEMAS Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam vôo como de um alçapão. Eles não têm pouso nem porto alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti... Mario Quintana
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Vício
Tento me desintoxicar do teu corpo
Das tuas imagens que não me saem da cabeça
Tenho pesadelos com teu cheiro
Uma dependência química que mexe comigo
Foram tantas as noites
Em que me droguei nos teus seios
Horas e horas desse vício
Em momentos intermináveis
Onde delirava em prazeres
E te via, minha menina
Nas nossas longas madrugadas
Sob o efeito desses entorpecentes
Que juntavam duas almas
Mas que não uniram duas vidas...
Miguel Carpes
Das tuas imagens que não me saem da cabeça
Tenho pesadelos com teu cheiro
Uma dependência química que mexe comigo
Foram tantas as noites
Em que me droguei nos teus seios
Horas e horas desse vício
Em momentos intermináveis
Onde delirava em prazeres
E te via, minha menina
Nas nossas longas madrugadas
Sob o efeito desses entorpecentes
Que juntavam duas almas
Mas que não uniram duas vidas...
Miguel Carpes
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Jaula
Preciso sair dessa jaula
Onde me aprisiono e me esqueço
Preciso sair dessa rotina
De coisas que não quero
Preciso passar mais tempo acordado
Preciso sair dessa jaula sem grades
Preciso escapar sem morrer
Antes que morra sem viver
Miguel Carpes
Onde me aprisiono e me esqueço
Preciso sair dessa rotina
De coisas que não quero
Preciso passar mais tempo acordado
Preciso sair dessa jaula sem grades
Preciso escapar sem morrer
Antes que morra sem viver
Miguel Carpes
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Três décadas
Essa poesia tem uma história, minha mãe escreveu nos anos 80 e acabou perdendo uma parte, pois o papel rasgou. Ela me leu e me deu o papel dizendo que não sabia onde estava a outra parte rasgada. Resolvi então escrever a parte que faltava, o que deu origem a uma poesia feita a quatro mãos, e que demorou três décadas para ser finalizada.
Três décadas
Acordo perdido no tempo
Sozinho no quarto
Com o mundo a rodar
Meus olhos repelem a luz
Que entra devagar
Ilumina o lugar
Mas não me faz melhorar
Olha pra fora e embaço o mundo
A buscar limites no céu
Minha janela, vidro marcado
De peregrinações digitais
Desenhos provocados
Pela massa ainda vida
Esculpida sem pensar
Olho pela janela. Vejo o mundo
Num segundo
Sinto a dor e o lamento
Soltos todos no ar
Vejo a luz, energia a vibrar
Com vontade de chorar.
Tânia e Miguel Carpes
Três décadas
Acordo perdido no tempo
Sozinho no quarto
Com o mundo a rodar
Meus olhos repelem a luz
Que entra devagar
Ilumina o lugar
Mas não me faz melhorar
Olha pra fora e embaço o mundo
A buscar limites no céu
Minha janela, vidro marcado
De peregrinações digitais
Desenhos provocados
Pela massa ainda vida
Esculpida sem pensar
Olho pela janela. Vejo o mundo
Num segundo
Sinto a dor e o lamento
Soltos todos no ar
Vejo a luz, energia a vibrar
Com vontade de chorar.
Tânia e Miguel Carpes
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