Pedaço de mim
Parte em mim gravada
Precisei ir muito fundo
Precisei rasgar a minha alma
Precisei olhar nos olhos da dor
Pra te esquecer amor
Fiz uma tempestade de sentimentos
Tive uma avalanche de emoções
Me perdi no caos que eu mesmo criei
E te superei
Mas nunca te esqueci...
Miguel Carpes
OS POEMAS Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam vôo como de um alçapão. Eles não têm pouso nem porto alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti... Mario Quintana
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
Ironia
Já ouvi pessoas super regradas com sua vida
Que estão sempre privadas de certos prazeres
Me falarem, ironicamente, a meu ver
Que fazem isso porque querem
Viver mais...
Miguel Carpes
Que estão sempre privadas de certos prazeres
Me falarem, ironicamente, a meu ver
Que fazem isso porque querem
Viver mais...
Miguel Carpes
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Veneno
Algumas vezes enveneno meu corpo
Com altas doses de álcool
Com a fumaça escura
Dos charutos que posso pagar
Algumas vezes enveneno meu corpo
Tirando-lhe o sono
Por um pouco de ar gelado
Das ruas por onde vou andar
Algumas vezes enveneno o meu corpo
Para que minha alma não prove
Do pior dos venenos:
A rotina
Miguel Carpes
Com altas doses de álcool
Com a fumaça escura
Dos charutos que posso pagar
Algumas vezes enveneno meu corpo
Tirando-lhe o sono
Por um pouco de ar gelado
Das ruas por onde vou andar
Algumas vezes enveneno o meu corpo
Para que minha alma não prove
Do pior dos venenos:
A rotina
Miguel Carpes
sábado, 4 de dezembro de 2010
Companheira
Faz tanto tempo que me acompanhas solidão
Que não sei mais como é estar acompanhado
Te sinto em angustia
Em um grito abafado
Um desespero inconseqüente
Que me aprisiona a mente...
Sou refém de ti
Companheira solidão
Estamos trancados no mesmo quarto
Onde ainda me espias
Com um sorrido velado
Miguel Carpes
Que não sei mais como é estar acompanhado
Te sinto em angustia
Em um grito abafado
Um desespero inconseqüente
Que me aprisiona a mente...
Sou refém de ti
Companheira solidão
Estamos trancados no mesmo quarto
Onde ainda me espias
Com um sorrido velado
Miguel Carpes
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Angustia
Talvez seja angustia
O nome disso que me empurra
Para outra noite
Para outro bar
Para fora de casa
Para poder sonhar
Essa angustia de viver
De não deixar o momento passar
Essa entrega dilacerante
Que tem em cada momento
Algo importante
Que faz da minha vida
Algo pulsante
Com eterno medo de parar...
Miguel Carpes
O nome disso que me empurra
Para outra noite
Para outro bar
Para fora de casa
Para poder sonhar
Essa angustia de viver
De não deixar o momento passar
Essa entrega dilacerante
Que tem em cada momento
Algo importante
Que faz da minha vida
Algo pulsante
Com eterno medo de parar...
Miguel Carpes
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Pedaços
Será que pensas em mim
Será que te falta uma parte
Será que tens esse vazio
Nunca fomos completos
Mas ainda sinto falta
Dos nossos pedaços...
Miguel Carpes
Será que te falta uma parte
Será que tens esse vazio
Nunca fomos completos
Mas ainda sinto falta
Dos nossos pedaços...
Miguel Carpes
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Equilíbrio
Enquanto mais merdas acontecem
Me faço de vitima da situação
Esperando algo divino
Uma benção
Uma recompensa
Chego a ter vergonha
De sentir que vou ser gratificado
Tenho medo do alto preço que posso pagar
Por supor que as coisas devem ter um sentido
Ou um simples equilíbrio
Mas no fundo sigo acreditando
E racionalmente me desprezando
Miguel Carpes
Me faço de vitima da situação
Esperando algo divino
Uma benção
Uma recompensa
Chego a ter vergonha
De sentir que vou ser gratificado
Tenho medo do alto preço que posso pagar
Por supor que as coisas devem ter um sentido
Ou um simples equilíbrio
Mas no fundo sigo acreditando
E racionalmente me desprezando
Miguel Carpes
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Vício
Tento me desintoxicar do teu corpo
Das tuas imagens que não me saem da cabeça
Tenho pesadelos com teu cheiro
Uma dependência química que mexe comigo
Foram tantas as noites
Em que me droguei nos teus seios
Horas e horas desse vício
Em momentos intermináveis
Onde delirava em prazeres
E te via, minha menina
Nas nossas longas madrugadas
Sob o efeito desses entorpecentes
Que juntavam duas almas
Mas que não uniram duas vidas...
Miguel Carpes
Das tuas imagens que não me saem da cabeça
Tenho pesadelos com teu cheiro
Uma dependência química que mexe comigo
Foram tantas as noites
Em que me droguei nos teus seios
Horas e horas desse vício
Em momentos intermináveis
Onde delirava em prazeres
E te via, minha menina
Nas nossas longas madrugadas
Sob o efeito desses entorpecentes
Que juntavam duas almas
Mas que não uniram duas vidas...
Miguel Carpes
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Jaula
Preciso sair dessa jaula
Onde me aprisiono e me esqueço
Preciso sair dessa rotina
De coisas que não quero
Preciso passar mais tempo acordado
Preciso sair dessa jaula sem grades
Preciso escapar sem morrer
Antes que morra sem viver
Miguel Carpes
Onde me aprisiono e me esqueço
Preciso sair dessa rotina
De coisas que não quero
Preciso passar mais tempo acordado
Preciso sair dessa jaula sem grades
Preciso escapar sem morrer
Antes que morra sem viver
Miguel Carpes
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Três décadas
Essa poesia tem uma história, minha mãe escreveu nos anos 80 e acabou perdendo uma parte, pois o papel rasgou. Ela me leu e me deu o papel dizendo que não sabia onde estava a outra parte rasgada. Resolvi então escrever a parte que faltava, o que deu origem a uma poesia feita a quatro mãos, e que demorou três décadas para ser finalizada.
Três décadas
Acordo perdido no tempo
Sozinho no quarto
Com o mundo a rodar
Meus olhos repelem a luz
Que entra devagar
Ilumina o lugar
Mas não me faz melhorar
Olha pra fora e embaço o mundo
A buscar limites no céu
Minha janela, vidro marcado
De peregrinações digitais
Desenhos provocados
Pela massa ainda vida
Esculpida sem pensar
Olho pela janela. Vejo o mundo
Num segundo
Sinto a dor e o lamento
Soltos todos no ar
Vejo a luz, energia a vibrar
Com vontade de chorar.
Tânia e Miguel Carpes
Três décadas
Acordo perdido no tempo
Sozinho no quarto
Com o mundo a rodar
Meus olhos repelem a luz
Que entra devagar
Ilumina o lugar
Mas não me faz melhorar
Olha pra fora e embaço o mundo
A buscar limites no céu
Minha janela, vidro marcado
De peregrinações digitais
Desenhos provocados
Pela massa ainda vida
Esculpida sem pensar
Olho pela janela. Vejo o mundo
Num segundo
Sinto a dor e o lamento
Soltos todos no ar
Vejo a luz, energia a vibrar
Com vontade de chorar.
Tânia e Miguel Carpes
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Desconhecidas
Tenho sombras em meu passado
Que não me deixam dormir
Tenho sombras em meu passado
Que não querem ficar por lá
Sombras em meu passado
Que me seguem de dia
E me envolvem a noite
São sombras no meu passado
Que me distorcem a realidade
Uma película cinza em meus olhos
Que torna tudo pardo
Tenho sombras no meu passado
E as vejo, mas são sombras
Não tem rostos
Não sei quem são...
Miguel Carpes
Que não me deixam dormir
Tenho sombras em meu passado
Que não querem ficar por lá
Sombras em meu passado
Que me seguem de dia
E me envolvem a noite
São sombras no meu passado
Que me distorcem a realidade
Uma película cinza em meus olhos
Que torna tudo pardo
Tenho sombras no meu passado
E as vejo, mas são sombras
Não tem rostos
Não sei quem são...
Miguel Carpes
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Embriagado
Jogado em minha embriagues
Te amo mais ainda
Quero gritos altos
Ligações tardias
Quero sentimentos fulos
Das noites de boemia
Mas ainda te amo quando acordo
Quando o sol me anuncia o dia
Ainda te amo sóbrio sentado
Com ressaca da noite vazia
Miguel Carpes
Te amo mais ainda
Quero gritos altos
Ligações tardias
Quero sentimentos fulos
Das noites de boemia
Mas ainda te amo quando acordo
Quando o sol me anuncia o dia
Ainda te amo sóbrio sentado
Com ressaca da noite vazia
Miguel Carpes
domingo, 5 de setembro de 2010
Vôo
Sinto aos poucos
Que posso de novo
Flutuar como os anjos
Inseguro ainda
Balanço no novo céu
Mas já sinto a brisa no rosto
Meus pés já não tocam o chão
Tento me mover com cuidado
Mas o céu não possui corrimão
O vôo é sempre livre
Livre e sem razão
Solto estou no vento
E desejo sem condição
Que possa demorar bastante
Que não seja ali adiante
Que eu volte a tocar o chão
Miguel Carpes
Que posso de novo
Flutuar como os anjos
Inseguro ainda
Balanço no novo céu
Mas já sinto a brisa no rosto
Meus pés já não tocam o chão
Tento me mover com cuidado
Mas o céu não possui corrimão
O vôo é sempre livre
Livre e sem razão
Solto estou no vento
E desejo sem condição
Que possa demorar bastante
Que não seja ali adiante
Que eu volte a tocar o chão
Miguel Carpes
terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Fogo
Tenho o fogo das novas paixões
Ardo firme, forte,
Como se fosse a primeira
Apago-me em cinzas,
Se não foi eterna
Mas volto, sempre volto
Para viver de novo
Como se fosse a ultima
Miguel Carpes
Ardo firme, forte,
Como se fosse a primeira
Apago-me em cinzas,
Se não foi eterna
Mas volto, sempre volto
Para viver de novo
Como se fosse a ultima
Miguel Carpes
Volta
Vem, volta e me pede perdão
Vem, volta, fica em minhas mãos
Me pede perdão, chora me implora
Se rola, me enrola e diz que me quer
Pra que eu olhe nos teus olhos
E me encha de alegria...
Vem, volta realiza meu sonho
Que sonhei acordado
Através das noites
Que te tive em outros braços
Que te cheirei em outros perfumes
Vem, volta e me explica
E se complica
Que eu não vou te aceitar
E com um sorriso de ironia
Até irei relembrar
Das coisas que te disse
As quais não posso apagar
Vem, volta que eu posso ate me odiar
Mas por mais que me doa
Essa insana procura
Tu podes voltar
Mas não vai mais me encontrar...
Miguel Carpes
Vem, volta, fica em minhas mãos
Me pede perdão, chora me implora
Se rola, me enrola e diz que me quer
Pra que eu olhe nos teus olhos
E me encha de alegria...
Vem, volta realiza meu sonho
Que sonhei acordado
Através das noites
Que te tive em outros braços
Que te cheirei em outros perfumes
Vem, volta e me explica
E se complica
Que eu não vou te aceitar
E com um sorriso de ironia
Até irei relembrar
Das coisas que te disse
As quais não posso apagar
Vem, volta que eu posso ate me odiar
Mas por mais que me doa
Essa insana procura
Tu podes voltar
Mas não vai mais me encontrar...
Miguel Carpes
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Renascer
Não importa quantas dores assolem nosso peito.
Nem quantas tristezas embalem nossas noites.
O essencial é que possamos assim como o sol,
eternamente renascer.
Tânia Carpes
Nem quantas tristezas embalem nossas noites.
O essencial é que possamos assim como o sol,
eternamente renascer.
Tânia Carpes
Desejo
Eu não preciso dizer
Teu corpo me entende
Quando se prende ao meu
E teu cheiro gruda na minha pele
Mastigo-te com fome
E te beijo o ouvido
Teu suspiro
Teu gemido
Fazem parte de mim
E na magia desses momentos
A hora vira minuto
E sei que em breve
Escuto
Teu corpo querendo mais
Miguel Carpes
Teu corpo me entende
Quando se prende ao meu
E teu cheiro gruda na minha pele
Mastigo-te com fome
E te beijo o ouvido
Teu suspiro
Teu gemido
Fazem parte de mim
E na magia desses momentos
A hora vira minuto
E sei que em breve
Escuto
Teu corpo querendo mais
Miguel Carpes
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Inquieto
Era noite já, a cidade silenciava na medida do possível, nem frio nem calor, uma sensação estranha percorre a prévia da madrugada. Ele levanta da cama, seu peito o deixa inquieto, desce as escadas, seria sede? Fome? Abre a geladeira, procura dentro dela algo que não vai achar, fecha a porta. Não tem água, deve ser sede, certamente era sede, só não saberia dizer de que. Poderia ir para sacada, sentar sozinho, em pensamentos seria bom, mas a realidade ele já conhece. Porque tamanha angustia? De certo são seus medos, os medos até de seus pensamentos, nada pior do que o temor de si próprio.
Sobe as escadas, seria a janela a resposta, olha bem para o horizonte do negro céu, nunca teve tanta vontade de enxergar mais longe, pena o mundo não ser mesmo plano, talvez suas vontades então acontecessem. Será que ela mandara o recado, porque sempre que penso é pra ela que olho. Ligação antiga, lendas de avó. Não há duvidas do problema, tem até data de solução, mas enquanto isso onde escondo as sensações? Será toda noite angustia? Será que o tempo ameniza, será que eu quero que ele amenize? Será? E os medos o que são? Companheiros que não conheço, mas que estão ultimamente sempre ao meu lado, essa convivência vai fazer com que eles se apresentem? Ou apenas cutucaram meu vicio da noite? Será que agüento? Será que vou parar de repetir essa palavra: SERÁ!
Miguel Carpes
Sobe as escadas, seria a janela a resposta, olha bem para o horizonte do negro céu, nunca teve tanta vontade de enxergar mais longe, pena o mundo não ser mesmo plano, talvez suas vontades então acontecessem. Será que ela mandara o recado, porque sempre que penso é pra ela que olho. Ligação antiga, lendas de avó. Não há duvidas do problema, tem até data de solução, mas enquanto isso onde escondo as sensações? Será toda noite angustia? Será que o tempo ameniza, será que eu quero que ele amenize? Será? E os medos o que são? Companheiros que não conheço, mas que estão ultimamente sempre ao meu lado, essa convivência vai fazer com que eles se apresentem? Ou apenas cutucaram meu vicio da noite? Será que agüento? Será que vou parar de repetir essa palavra: SERÁ!
Miguel Carpes
domingo, 15 de agosto de 2010
Boemia
Os mistérios das noites de boemia
Pegam-me e me levam pela mão
Há dúvidas em cada olhar
Promessas em cada sorriso...
Em meio à procura
Esconde-se
Em cada suposição
Marota e disfarçada
A solidão.
Miguel Carpes
Pegam-me e me levam pela mão
Há dúvidas em cada olhar
Promessas em cada sorriso...
Em meio à procura
Esconde-se
Em cada suposição
Marota e disfarçada
A solidão.
Miguel Carpes
Temporal
Te quero em meio a um temporal
De sentimentos e sensações
Que se misturam enquanto o vento
Faz seu som nas janelas
No teu colo me escondo do mundo
E enquanto brinco no teu corpo
Já não me importa mais
As roupas que o vento derrubou do varal
Enquanto a chuva bate insistente no telhado
Eu só quero ficar do teu lado
Nem lembro ou quero saber
Das negras nuvens do céu.
Miguel Carpes
De sentimentos e sensações
Que se misturam enquanto o vento
Faz seu som nas janelas
No teu colo me escondo do mundo
E enquanto brinco no teu corpo
Já não me importa mais
As roupas que o vento derrubou do varal
Enquanto a chuva bate insistente no telhado
Eu só quero ficar do teu lado
Nem lembro ou quero saber
Das negras nuvens do céu.
Miguel Carpes
Mulher
Teu corpo se mexe suado
O rosto tem olhos fechados
No olhar tem ar de mulher
Sua ânsia aos poucos acalma
Derrete e me abraça cansada
No rosto feições de menina
No cheiro perfume de mulher
Miguel Carpes
O rosto tem olhos fechados
No olhar tem ar de mulher
Sua ânsia aos poucos acalma
Derrete e me abraça cansada
No rosto feições de menina
No cheiro perfume de mulher
Miguel Carpes
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Cicatriz
O tempo devagar cura
O corpo nada sente
Na alma uma ferida profunda
E uma cicatriz permanente
Miguel Carpes
O corpo nada sente
Na alma uma ferida profunda
E uma cicatriz permanente
Miguel Carpes
Pra te contar
Te dirias o que penso
Ao pé do teu ouvido
Quase num sussurro
Num gemido
Te dirias em baixo som
O que a todos transpareço
Quase que em bom tom
Miguel Carpes
Ao pé do teu ouvido
Quase num sussurro
Num gemido
Te dirias em baixo som
O que a todos transpareço
Quase que em bom tom
Miguel Carpes
Amigo
Vida insana, louca
Que nunca teve um amigo
Vida solitária, carente
Não tens um parente
Para saber como é um irmão
Não sabes tu, vida cretina
Que ao levares um amigo
Levas junto contigo
Um pedaço de quem ficou...
Miguel Carpes
Que nunca teve um amigo
Vida solitária, carente
Não tens um parente
Para saber como é um irmão
Não sabes tu, vida cretina
Que ao levares um amigo
Levas junto contigo
Um pedaço de quem ficou...
Miguel Carpes
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Indecisão
É amor?
não sei, estás presente
nesta saudade
ou ela é você
se é amor
que punição
castiga meu ser
tempo conta horas
mas não apaga
a luz do teu olhar
tempo soma momentos
sem despedida
carrego lembranças
tempo, estação sem pouso
tempo, pouso sem coração.
Tânia Carpes
não sei, estás presente
nesta saudade
ou ela é você
se é amor
que punição
castiga meu ser
tempo conta horas
mas não apaga
a luz do teu olhar
tempo soma momentos
sem despedida
carrego lembranças
tempo, estação sem pouso
tempo, pouso sem coração.
Tânia Carpes
Revelação
Esqueça o meu sorriso
não lembres dos beijos
que arrebatavam a nossa paz
Finjas que não me conheces
te separa do meu abraço
foges do meu olhar.
Mintas, que não sei te amar
Censures os meus desejos
afagues minha saudade
desprezes nossa felicidade
digas que não me amas
renuncies ao meu corpo
não digas meu nome
esqueças de tudo,
fiques calado
não digas jamais,
que me chamo pecado.
Tânia Carpes
não lembres dos beijos
que arrebatavam a nossa paz
Finjas que não me conheces
te separa do meu abraço
foges do meu olhar.
Mintas, que não sei te amar
Censures os meus desejos
afagues minha saudade
desprezes nossa felicidade
digas que não me amas
renuncies ao meu corpo
não digas meu nome
esqueças de tudo,
fiques calado
não digas jamais,
que me chamo pecado.
Tânia Carpes
Desencontro
Lavei o cabelo,
Tirei a maquiagem,
Guardei o vestido escolhido,
Às vezes, é melhor assim,
Pois quem vai com muita
Sede ao pote
Pode quebrá-lo, ou ...
Sair com
o coração partido...
Tânia Carpes
Tirei a maquiagem,
Guardei o vestido escolhido,
Às vezes, é melhor assim,
Pois quem vai com muita
Sede ao pote
Pode quebrá-lo, ou ...
Sair com
o coração partido...
Tânia Carpes
Confissão
Foi medo
o que afastou
teu rosto de mim
sem olhar, vejo
em cada lembrança
o sorriso largado
a iluminar
nosso encontro
te sinto...
envolvido em carinho
querendo mais que
beijo
ansiando mais que
abraço
seduzida sou pela
saudade
presença constante
do meu viver.
Tânia Carpes
o que afastou
teu rosto de mim
sem olhar, vejo
em cada lembrança
o sorriso largado
a iluminar
nosso encontro
te sinto...
envolvido em carinho
querendo mais que
beijo
ansiando mais que
abraço
seduzida sou pela
saudade
presença constante
do meu viver.
Tânia Carpes
INSÔNIA
PERDI O DIA
NA NOITE FRIA
ROMPI AURORA
SEM LUZ SOLAR
AQUECI O PRANTO
A LUZ DE VELA
QUEIMEI SAUDADE
NO CORAÇÃO.
Tânia Carpes
07 JUNHO 94
NA NOITE FRIA
ROMPI AURORA
SEM LUZ SOLAR
AQUECI O PRANTO
A LUZ DE VELA
QUEIMEI SAUDADE
NO CORAÇÃO.
Tânia Carpes
07 JUNHO 94
Desilusão
O SONHO FOI DESFEITO
DESEJO CALADO, SEM
CONFISSÃO
ALEGRIA RETARDADA
TRISTEZA DE BRAÇOS
DADOS
COM A SOLIDÃO.
Tânia Carpes
07 JUNHO 94
DESEJO CALADO, SEM
CONFISSÃO
ALEGRIA RETARDADA
TRISTEZA DE BRAÇOS
DADOS
COM A SOLIDÃO.
Tânia Carpes
07 JUNHO 94
Inverno
CÉU CINZA
PARECE MUDADO
SEM LUZ DOURADA
COM JEITO DE VIUVEZ
ESQUECIMENTO, INSENSATEZ
DO DESTINO
POVOAR A TERRA
DE SOLITÁRIAS
COMPANHIAS.
Tânia Carpes
20 JULHO 93
PARECE MUDADO
SEM LUZ DOURADA
COM JEITO DE VIUVEZ
ESQUECIMENTO, INSENSATEZ
DO DESTINO
POVOAR A TERRA
DE SOLITÁRIAS
COMPANHIAS.
Tânia Carpes
20 JULHO 93
Solidão
Carinho ausente
Igual semente
Não vingou
Ficaram avenidas,
ruas
De noites claras
Lua cheia
Coração vazio.
Tânia Carpes
25 JUNHO 93
Igual semente
Não vingou
Ficaram avenidas,
ruas
De noites claras
Lua cheia
Coração vazio.
Tânia Carpes
25 JUNHO 93
Sentimentos
Ora, que situação
Tratar de sorrisos
Ontem, hoje lembranças
Mescladas de carinho
Afeto e atenção
Retidas, sozinhas, no coração
Tânia Carpes
18 AGOSTO 89
Tratar de sorrisos
Ontem, hoje lembranças
Mescladas de carinho
Afeto e atenção
Retidas, sozinhas, no coração
Tânia Carpes
18 AGOSTO 89
Espera
Olhar aflito
Reflete cinza
Amanhece o dia
Rotina sentinela
Vigiando chegada
Saudade espreita.
Tânia Carpes
14 MARÇO 1994
Reflete cinza
Amanhece o dia
Rotina sentinela
Vigiando chegada
Saudade espreita.
Tânia Carpes
14 MARÇO 1994
Lembrança
Conversar contigo
Azul de paz
Olhar doce
Beijo terno
Confiança e
Sentimento
Olhar convite
Banquete de sonhos
Arquivadas emoções
Explodem no tempo
Desatinadas espalham
Intensas lembranças
Profunda saudade.
Tânia Carpes
19 AGOSTO 1993
Azul de paz
Olhar doce
Beijo terno
Confiança e
Sentimento
Olhar convite
Banquete de sonhos
Arquivadas emoções
Explodem no tempo
Desatinadas espalham
Intensas lembranças
Profunda saudade.
Tânia Carpes
19 AGOSTO 1993
domingo, 8 de agosto de 2010
Devoro almas
Sinto-me devorando almas
Atraindo pessoas para alimentar meu ego
Meu sofrimento e minha ilusão
Tenho devorado almas
Me vendo, me mostro
Mas desapareço na escuridão
Tenho devorado almas
E digo que não as quero
Mas acho q preciso delas...
Tenho devorado almas
Na esperança que um dia
Em breve, elas me devorem...
Miguel Carpes
Atraindo pessoas para alimentar meu ego
Meu sofrimento e minha ilusão
Tenho devorado almas
Me vendo, me mostro
Mas desapareço na escuridão
Tenho devorado almas
E digo que não as quero
Mas acho q preciso delas...
Tenho devorado almas
Na esperança que um dia
Em breve, elas me devorem...
Miguel Carpes
Rei
E na noite fui rei
Do trono que criei
Mais mulheres tive
As tive e nem sei
Como cheiravam
Como beijavam
Pouca coisa ficou
Das noites esfumaçadas
Foram boas risadas
Das noites em que fui rei
Algumas nem lembrei
De como viravam dia
E eu sem companhia
De noite pra noite vaguei
Miguel Carpes
Do trono que criei
Mais mulheres tive
As tive e nem sei
Como cheiravam
Como beijavam
Pouca coisa ficou
Das noites esfumaçadas
Foram boas risadas
Das noites em que fui rei
Algumas nem lembrei
De como viravam dia
E eu sem companhia
De noite pra noite vaguei
Miguel Carpes
Real
Acho que prefiro a certeza da tristeza
Do que a medíocre ilusão da felicidade
A tristeza tem a força de uma realidade
A esperança da felicidade tem um “q” imaginário
Acho que vou preferir o outro lado
Vou ficar com as certezas que eu sinto
Há beleza também em vivenciar a dor
Ela não te faz subir, sublimar, viajar
Mas ela te prende pela carne
Te segura firme e te desperta
Ela é real.
Miguel Carpes
Do que a medíocre ilusão da felicidade
A tristeza tem a força de uma realidade
A esperança da felicidade tem um “q” imaginário
Acho que vou preferir o outro lado
Vou ficar com as certezas que eu sinto
Há beleza também em vivenciar a dor
Ela não te faz subir, sublimar, viajar
Mas ela te prende pela carne
Te segura firme e te desperta
Ela é real.
Miguel Carpes
Poesia dupla
Essas duas poesias tem uma historia, a primeira é escrita por Carina Ceratti, uma das grandes insentivadoras disso tudo. A segunda foi a resposta ao seu poema que eu escrevi. segue em ordem:
Anjo
Nome de anjo, olhar de anjo, jeito protetor de anjo...
És tu meu anjo?
Primeiro a mão que segura e me faz ficar.
Depois voa e não me deixar ir só.
Vamos juntos entre as nuvens.
E em meio ao calor de nossos corpos adormecidos.
Meu anjo parece ter que partir.
Então vai embora deixando a certeza que preferia ficar.
Sua aparente vontade por um instante me consola.
E me faz acreditar que és tu meu anjo.
Volta e me faz rir, delirar, suspirar.
Me faz feliz, me faz especial.
Tudo ao meu redor tem seu rosto angelical.
És anjo rebelde envolvido de mistérios.
Vive ali comigo cada sublime momento.
Sem me deixar convicta de sua real presença.
Sua aureola brilha, mas não consegue traduzir
o que dentro do meu anjo pulsa.
Anjos não têm sentimento?
De fato suspiro, gemo, resmungo.
Quero teu beijo. Teu calor. Teu conforto.
Anjos tem medo do que?
Quero transcender esse obstáculo que te tira de mim.
Meu anjo, és tu?
Voa para longe e posso ver as pegadas do seu medo.
Que barreira é essa entre meu anjo?
E sua pobre mortal, devidamente apaixonada.
Apenas espera, mulher.
Porque o tempo dos anjos não é o tempo dos homens.
Carina Ceratti
Resposta:
Mortal
És anjo negro, ferido, que não mais voa
Esconde em sua divindade, dores de um mortal
Vive dos momentos que sabe, logo irão terminar
Não se permite mais o ato de levitar
Não quer mais a estadia no céu
Apenas visita por alguns momentos
Os locais por onde sempre andou
Algo nele mudou, abriu mão de suas formas celestes
E hoje anda como um simples mortal
Que como qualquer outro, não pode voar
Mas talvez, no meio da multidão
Alguém com um dom especial
Que se julga apenas normal
Talvez esse alguém tenha o dom de enxergar
As asas por trás do disfarce
E talvez por sentir e ver diferente
Por ser assim especial
Queira ver novamente vida
No anjo que talvez não viva mais naquele mortal...
Miguel Carpes
Anjo
Nome de anjo, olhar de anjo, jeito protetor de anjo...
És tu meu anjo?
Primeiro a mão que segura e me faz ficar.
Depois voa e não me deixar ir só.
Vamos juntos entre as nuvens.
E em meio ao calor de nossos corpos adormecidos.
Meu anjo parece ter que partir.
Então vai embora deixando a certeza que preferia ficar.
Sua aparente vontade por um instante me consola.
E me faz acreditar que és tu meu anjo.
Volta e me faz rir, delirar, suspirar.
Me faz feliz, me faz especial.
Tudo ao meu redor tem seu rosto angelical.
És anjo rebelde envolvido de mistérios.
Vive ali comigo cada sublime momento.
Sem me deixar convicta de sua real presença.
Sua aureola brilha, mas não consegue traduzir
o que dentro do meu anjo pulsa.
Anjos não têm sentimento?
De fato suspiro, gemo, resmungo.
Quero teu beijo. Teu calor. Teu conforto.
Anjos tem medo do que?
Quero transcender esse obstáculo que te tira de mim.
Meu anjo, és tu?
Voa para longe e posso ver as pegadas do seu medo.
Que barreira é essa entre meu anjo?
E sua pobre mortal, devidamente apaixonada.
Apenas espera, mulher.
Porque o tempo dos anjos não é o tempo dos homens.
Carina Ceratti
Resposta:
Mortal
És anjo negro, ferido, que não mais voa
Esconde em sua divindade, dores de um mortal
Vive dos momentos que sabe, logo irão terminar
Não se permite mais o ato de levitar
Não quer mais a estadia no céu
Apenas visita por alguns momentos
Os locais por onde sempre andou
Algo nele mudou, abriu mão de suas formas celestes
E hoje anda como um simples mortal
Que como qualquer outro, não pode voar
Mas talvez, no meio da multidão
Alguém com um dom especial
Que se julga apenas normal
Talvez esse alguém tenha o dom de enxergar
As asas por trás do disfarce
E talvez por sentir e ver diferente
Por ser assim especial
Queira ver novamente vida
No anjo que talvez não viva mais naquele mortal...
Miguel Carpes
Noite
Grito mudo, escuro!
Quando a noite trás o silencio
E a solidão me entrega a realidade
Sofro quando vejo
Que ainda sinto saudade
Miguel Carpes
Quando a noite trás o silencio
E a solidão me entrega a realidade
Sofro quando vejo
Que ainda sinto saudade
Miguel Carpes
181 dias
Toque o céu, alcance o desejo, tu não és mais a expectadora de um sonho, és a diretora. Viva agora o que conquistaste, ande pelos novos lugares, conheça os novos lares, se misture a nova cultura. Aprenda os itinerários, transforme o novo em rotina, fique com sotaque, faça amizades. Chore em outro chão, sinta saudade. Compare o velho e o novo, transforme o novo no velho, sorria com alegria de quem pode fazer o que queria. Mande notícias, peça notícias, mande fotos, tire as fotos, para que um dia o novo vire lembrança e que através delas você possa reviver momentos. Feche os olhos em um dia de sol, sinta a brisa de outro mundo, saia na rua em um dia de chuva, passe um pouco de frio e também um pouco de calor, conheça novas praias, castelos, bares e casas. Passeie por lugares antigos, sinta a vibração que emana da história. More sozinha, pague suas contas, compre sua comida. Viva a independência e também sinta falta de ser dependente. Viva e agregue historias, espalhe também as que você já tem. Admire os outros povos, e tenha orgulho do seu. Aproveite e viva enfim o seu momento tão esperado, tão desejado e suado e lembre-se sempre dos que te esperam aqui, eles são à base dos teus sonhos, a estrutura que te permite voar e a certeza de que podes voltar. Voltar mais linda, mais vivida, mais feliz e com a certeza de que és uma privilegiada por poder realizar os seus sonhos...
Miguel Carpes
Miguel Carpes
Explicamos então:
Esse blog foi uma idéia que surgiu para mostrar o que eu escrevo e o que minha mãe escreve. Por muito tempo escondi isso, e acho que minha mãe também, pois nunca mostrou, porem com o tempo pessoas importantes na minha vida conseguiram me convencer a mostrar isso tudo e seguindo essa idéia resolvi trazer junto comigo minha mãe que tem a obrigação de mostrar os textos que escreve. Então quero agradecer aqui a essas pessoas que incentivaram a isso e espero que o que eu e minha mãe escrevemos possa de alguma forma agradar a quem ler.
Miguel Carpes
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